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Veralu Formação Profissional na Educação
Objetivo do Blog: Provocar a reflexão dos educadores/ educadoras, a partir de textos , trabalhos, frases, slides, vídeos, para que repensem e refaçam sua prática pedagógica e assim possam contribuir para que a Educação seja de fato direito de todos e todas, que seja uma Educação emancipatória que construa pessoas íntegras e inteiras.
sábado, 16 de novembro de 2013
Resumo do TCC
Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada nos anos
de 2013/2014, na Rede Municipal de Educação Infantil de Campinas/SP, para
compreender como se construiu o
perfil profissional do (a) Monitor(a)/ Agente da
Educação Infantil, como se vê e se entende no contexto educacional
com relação a sua profissionalidade. Considerando as diferentes dimensões
e caracterização do exercício da função que ocupam os educadores nas creches, o
objetivo principal deste estudo é
buscar aproximações, a partir do processo histórico, da organização
da rede municipal de educação infantil de Campinas e
a percepção Profissional dos educadores de creche sobre sua atuação. Na organização administrativa da Rede
Municipal de Educação, desde que as creches passaram para responsabilidade da
Secretaria da Educação em 1989, existem dois cargos ocupados por profissionais,
responsáveis direto pelo cuidado e educação das crianças, diferentes na
carreira o que vem gerando conflito profissional e pessoal. O interesse por este
estudo surgiu a partir da experiência profissional de 15 anos de trabalho e do estágio realizado na Escola de Educação
infantil, onde se constatou muito discurso sobre cuidar educar como prática indissociável, mas no trabalho cotidiano, não
foi o observado. Surgiu também da luta e da organização das monitoras/agentes
de Educação Infantil, por reconhecimento, formação, valorização e carreira. É uma pesquisa qualitativa pois a fonte de
dados foi o ambiente natural, e a
investigadora foi o instrumento principal na coleta de dados, se constitui
como pesquisa exploratória pois têm como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, a partir de levantamento
documental e pesquisa bibliográfica. Pretende-se também, que seja uma pesquisa
explicativa, visto que terá uma preocupação em identificar fatores que
contribuíram ou determinaram a ocorrência do problema e apontar possíveis
hipóteses pra discussão.
Palavras
- chave: Educação Infantil, cuidar-educar, formação, valorização profissional.
Jogo Educativo
Jogo Educativo
Optei por pesquisar
jogos com crianças pequenas, por que na Educação Infantil ainda utilizamos
pouco esta ferramenta dos jogos interativos na internet.
Acessei o site da Escola
Games, é gratuito com jogos educativos para crianças a partir de 5 anos e todos
os jogos são desenvolvidos que elas
aprendam brincando.
Na versão atual do site
há 62 jogos cujos temas se relacionam à língua portuguesa, à matemática, à
geografia, à história, à ciências, ao inglês e ao meio ambiente.
1.
Jogo
Batalha dos Números
O objetivo do jogo é
conhecer os números e as operações matemáticas, aprender a usar sinal de maior
e/ou menor. Depois de escolher o jogador,
a criança começa a jogar realizando operações, utilizando seu conhecimento matemático.
Avaliação
Interessante jogo para
crianças que conhecem os números e operações, foi importante jogar e aprender
como utilizar este material no meu trabalho.
2.
Jogo
Caça Palavras
Objetivo do jogo é
encontrar palavras num emaranhado de letras, exercita a memória, a leitura e a
atenção. As palavras não seguem grupos semânticos o que dificulta e exige mais
do jogador.
Avaliação
Ótimo fogo para crianças
que estão aprendendo a ler. Foi divertido jogar e recordar o que fazia na minha
infância nos livretos caça palavras.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
ESCUTATÓRIA & "As pessoas ainda não foram terminadas..."
(Rubem Alves)
Sempre vejo
anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer
aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de
escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é
complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro
que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É
preciso também não ter filosofia nenhuma". Filosofia é um monte de idéias,
dentro da cabeça, sobre como são as
coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio
o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é
preciso também que haja silêncio dentro da alma". Daí a dificuldade: a
gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem
misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que
ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser
complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa
incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa
arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um
velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela
revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os
participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes
de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, abrindo
vazios de silêncio, expulsando todas as idéias estranhas.). Todos em silêncio,
à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos
ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande
desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele
julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o
outro falou.
Se eu falar
logo a seguir, são duas as possibilidades. Primeira: "Fiquei em silêncio
só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava,
eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado". Segunda: "Ouvi o que você
falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É
coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou". Em ambos os
casos, estou chamando o outro de tolo. O longo silêncio quer dizer: "Estou
ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a
reunião.
Não basta o
silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando
se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu
comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo
que se ouve nos interstícios das
palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma
é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica
fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos
saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz
chorar. Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a
importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.
Comunhão é
quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.
Porque nosso
DNA é incompleto, inventamos poesia, culinária...
Rubem Alves
As
diferenças entre um sábio e um cientista? São muitas e não posso dizer todas.
Só algumas. O sábio conhece com a boca, o cientista, com a cabeça. Aquilo que o
sábio conhece tem sabor, é comida, conhecimento corporal. O corpo gosta. A
palavra "sapio", em latim, quer dizer "eu degusto"... O
sábio é um cozinheiro que faz pratos saborosos com o que a vida oferece. O
saber do sábio dá alegria, razões para viver. Já o que o cientista oferece não
tem gosto, não mexe com o corpo, não dá razões para viver. O cientista retruca:
"Não tem gosto, mas tem poder"...
É verdade. O sábio ensina coisas do amor. O cientista, do poder.
Para o
cientista, o silêncio é o espaço da ignorância. Nele não mora saber algum; é um
vazio que nada diz. Para o sábio o silêncio é o tempo da escuta, quando se ouve
uma melodia que faz chorar, como disse Fernando Pessoa num dos seus poemas.
Roland Barthes, já velho, confessou que abandonara os saberes faláveis e se dedicava,
no seu momento crepuscular, aos sabores inefáveis.
Outra
diferença é que para ser cientista há de se estudar muito, enquanto para ser
sábio não é preciso estudar. Um dos aforismos do Tao-Te-Ching diz o seguinte:
"Na busca dos saberes, cada dia alguma coisa é acrescentada. Na busca da
sabedoria, cada dia alguma coisa é abandonada". O cientista soma. O sábio
subtrai.
Riobaldo, ao
que me consta, não tinha diploma. E, não obstante, era sábio. Vejam só o que
ele disse: "O senhor mire e veja: o mais importante e bonito do mun¬do é
isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas
que elas vão sempre mudando..."
É só por
causa dessa sabedoria que há educadores. A educação acontece enquanto as
pessoas vão mudando, para que não deixem de mudar. Se as pessoas estivessem
prontas não haveria lugar para a educação. O educador ajuda os outros a irem
mudando no tempo.
Eu mesmo já
mudei nem sei quantas vezes. As pessoas da minha geração são as que viveram
mais tempo, não pelo número de anos contados pelos relógios e calendários, mas
pela infinidade de mundos por que passamos num tempo tão curto. Nos meus 74
anos, meu corpo e minha cabeça viajaram do mundo da pedra lascada e da madeira
- monjolo, pi¬lão, lamparina - até o mundo dos computadores e da internet.
Os animais e
plantas também mudam, mas tão devagar que não percebemos. Estão prontos.
Abelhas, vespas, cobras, formigas, pássaros, aranhas são o que são e fazem o
que fazem há milhões de anos. Porque estão prontos, não precisam pensar e não
podem ser educados. Sua programação, o tal de DNA, já nasce pronta. Seus corpos
já nascem sabendo o que precisam saber para viver.
Conosco
aconteceu diferente. Parece que, ao nos criar, o Criador cometeu um erro (ou
nos pregou uma peça!): deu-nos um DNA incompleto. E porque nosso DNA é
incompleto somos condenados a pensar. Pensar para quê? Para inventar a vida! É
por isso, porque nosso DNA é incompleto, que inventamos poesia, culinária,
música, ciência, arquitetura, jardins, religiões, esses mundos a que se dá o
nome de cultura.
Pra isso
existem os educadores: para cumprir o dito do Riobaldo... Uma escola é um caldeirão de bruxas que o
educador vai mexendo para "desigualizar" as pessoas e fazer outros
mundos nascerem...
Críticos, criativos, cuidantes
Para refletir....
Já se disse acertadamente que
educar não é encher uma vasilha vazia mas acender uma luz. Em outras palavras,
educar é ensinar a pensar e não apenas ensinar a ter conhecimentos. Estes
nascem do hábito de pensar com profundidade. Hoje em dia conhecemos muito mas
pensamos pouco o que conhecemos. Aprender a pensar é decisivo para nos situar
autonomamente no interior da sociedade do conhecimento e da informação. Caso
contrário, seremos simples caudatários dela, condenados a repetir modelos e
fórmulas que se superam rapidamente. Para pensar, de verdade, precisamos ser
críticos, criativos e cuidantes.
Somos críticos quando situamos cada texto ou evento em
seu contexto biográfico, social e histórico. Todo conhecimento envolve também interesses
que criam ideologias que são formas de justificação e também de encobrimento.
Ser crítico é tirar a máscara dos interesses excusos e trazer à tona conexões
ocultas. A crítica boa é sempre também auto-crítica. Só assim se abre espaço
para um conhecimento que melhor corresponde ao real sempre cambiante. Pensar
criticamente é dar as boas razões para aquilo que queremos e também implica
situar o ser humano e o mundo no quadro geral das coisas e do universo em
evolução.
Somos criativos
quando vamos além das fórmulas convencionais e inventamos maneiras surpreendentes
de expressar a nós mesmos e de pronunciar o mundo; quando estabelecemos
conexões novas, introduzimos diferenças sutis, identificamos potencialidades da
realidade e propomos inovações e alternativas consistentes. Ser criativo é dar
asas à imaginação "a louca da casa" que sonha com coisas ainda não
ensaiadas mas sem esquecer a razão que nos segura ao chão e nos garante o
sentido das mediações.
Somos cuidantes quando prestamos atenção aos valores que
estão em jogo, atentos ao que realmente interessa e preocupados com o impacto
que nossas idéias e ações podem causar nos outros. Somos cuidantes quando não
nos contentamos apenas em classificar e analisar dados, mas quando discernimos
atrás deles, pessoas, destinos e valores. Por isso, somos cuidantes quando
distinguimos o que é urgente e o que não é, quando estabelecemos prioridades e
aceitamos processos. Em outras palavras, ser cuidante é ser ético, pessoa que
coloca o bem comum acima do bem particular, que se responsabiliza pela
qualidade de vida social e ecológica e que dá valor à dimensão espiritual,
importante para o sentido da vida e da morte.
A tradição
iluminista de educação tem enfatizado muito a dimensão crítica e criativa e
menos a cuidante. Esta é hoje urgente. Se não formos coletivamente cuidantes
esvaziaremos a crítica e a criatividade e podemos pôr tudo a perder, o bem
viver em sociedade com justiça mínima e paz necessária e as as condições da
biosfera sem as quais não há vida. Albert Einstein despertou para a dimensão
cuidante de todo saber quando Krishnamurti o interpelou: Em que medida, Sr.
Einstein, a sua teoria da relatividade ajuda a minorar o sofrimento humano?
Einstein, perplexo, guardou nobre silêncio. Mas mudou. A partir dai se
comprometeu pela paz e contra as armas nucleares. Em todos os âmbitos da vida,
precisamos de pessoas críticas, criativas e cuidantes. É condição para uma
cidadania plena e para uma sociedade que sempre se renova. Tarefa da educação
hoje é criar tal tipo de pessoas.
Leonardo Boff
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Cora Coralina
Não Sei
Não sei... se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira, pura... Enquanto durar"
Desejo imensamente que a vida seja bela para todos e todas....
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